Segundo a indústria farmacêutica, o aumento do imposto que incide sobre todos os medicamentos comercializados no Brasil gera um reajuste médio, na ponta final, de 1,2% na maioria dos Estados
postado em 29/02/2016
Assim como o governo federal, os Estados estão com dificuldades para fechar as contas, em meio à queda na arrecadação. Neste cenário, 12 Estados resolveram elevar a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre medicamentos.
Segundo cálculos da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), o aumento do imposto que incide sobre todos os medicamentos comercializados no Brasil gera um reajuste médio, na ponta final, de 1,2% na maioria dos Estados.
O setor tem argumentado que a decisão dos Estados pode obrigar uma redução dos descontos oferecidos no varejo, principalmente porque a indústria farmacêutica também teve aumento de custos, como a desvalorização do real e o aumento no preço da energia elétrica.
Com o aumento, grande parte dos Estados passou a alíquota do tributo de 17% para 18%. Já o Rio de Janeiro elevou ainda mais o porcentual cobrado pelo governo sobre os medicamentos e subiu de 19% para 20%.
De acordo com o secretário de Fazenda do Estado, Julio César Bueno, o aumento é porque o Rio tem um fundo de auxílio à pobreza. "É uma alíquota adicional ao ICMS. Adotamos a medida por uma questão indesejável, mas necessária", afirmou.
O Brasil já adotava uma das maiores cargas tributárias do mundo para o segmento. Com o reajuste por parte dos Estados, a carga tributária média de medicamentos passou de 33,9% para 34,2%. Nos Estados Unidos, por exemplo, a carga tributária média no segmento é de 6%.
Para o economista e diretor da Inferfarma, Pedro Bernardo, a ação dos Estados é um contrassenso e penaliza, principalmente, as famílias de baixa renda. "É um absurdo usar um produto essencial para aumentar a arrecadação", disse ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.
Outro ponto levantado por Bernardo é a decisão dos Estados de elevar o imposto sobre os medicamentos e não sobre automóveis, por exemplo.
Em São Paulo, o ICMS que incide sobre automóveis é de 12%, enquanto o que é aplicado nos medicamentos está em 18%. "A constituição diz que a tributação tem que observar a constitucionalidade do bem e isso não está acontecendo", acrescentou o economista.
Fonte: ESTADÃO CONTEÚDO
Menos impostos e mais prestação de contas do setor público
FGTS reforça crédito da casa própria com mais R$ 21,7 bi
Os prazos do Imposto de Renda 2016
Nem medicamentos escapam de aumento de ICMS
Dada a largada para o IR 2016; confira aqui tudo que você precisa saber
Sped irá permitir que empresários tenham maior controle sobre seus negócios
Contador, como definir o preço da declaração do imposto de renda
Projeto permite dedução do imposto de renda de gasto com segurança particular
Defasagem na tabela do IR corrói salários
As situações em que a demissão é proibida por lei
Reforma fiscal é decisiva e estratégica, diz ministro
Empresa terá redução de gasto com burocracia de livros contábeis
Receita libera hoje programa gerador do Imposto de Renda
Os impactos do eSocial na folha de pagamento
Regime especial e o caos tributário no ICMS
Senado aprova MP que eleva imposto dos ganhos de capital
Empresa do Simples tem prazo maior para cumprir regra do ICMS
“A simplificação melhora o ambiente de negócio”